sexta-feira, 13 de maio de 2016

Por: Frei Ermelindo Francisco Bambi
1. Quem são os povos Bantu?
Os Bantu viveram inicialmente no norte de África, nas margens rio Niger. Devido à escassez de alimento, os mesmos foram obrigados a emigrar para o sul do Continente africano. Como eles já tivessem domínio do ferro, dominaram os nativos e, consequentemente, ocuparam os atuais territórios de Angola, da República Democrática do Congo e dos demais países da África austral.
Bantu é plural de pessoa; Mutu é a palavra para o singular.
Neste breve estudo traçarei um pequeno esboço da religiosidade e da visão de Deus destes povos, que formaram grandes impérios na África, antes da colonização europeia. Tinham crenças profundas na existência de um Deus supremo (Kalunga). Por isso, quando os europeus falavam de Deus, para eles não era novidade.
Este estudo sobre a dimensão religiosa dos primitivos povos de Angola, em suas mais diversas etnias, dá destaque para os povos Bantu.[1] Com efeito, foram estes os que mais marcaram as práticas religiosas populares do povo angolano. O mesmo estudo indica o desafio para as igrejas cristãs: conhecer a dimensão religiosa das populações autóctones, em vista da convivência e do diálogo inter-religioso.
“Há cinco séculos enfrentamos a evangelização em Angola. Dentro desses séculos, só vimos a dominação, a escravatura, a exploração e o extermínio do povo e a perda da identidade cultural. Para nós, a Boa Nova já existe dentro das nossas convivências. Como diz o Concilio Vaticano II: ‘A semente do verbo foi semeada em todas as culturas’”.
Durante muito tempo falou-se em “africanos”, como se os povos deste Continente fossem uma única categoria biológica. Não se levou em conta a diversidade cultural. A generalização “africanos” foi uma criação colonial, que, infelizmente, perdura na cabeça de muitos até o dia de hoje.
Na realidade, o que existe, há mais de 20 mil anos, é uma grande variedade de povos, com história e cultura diferentes.
Em particular, nas narrativas da história de Angola, os nativos sempre foram definidos pela negação: “não têm escrita”, “não têm cultura”, “não têm religião” – “pois não têm templos nem ídolos”, como dizia um jesuíta na época colonial –, “não têm lei”, “não têm governo e não têm história”. A isso, fazemos uma observação critica: será que somente a cultura ocidental europeia é válida para todos os povos? Uma religião só se manifesta na construção de templos e igrejas? Só consiste na elaboração de leis e no estabelecimento de hierarquia? Será que a única forma válida de governo é a europeia? Outras questões mais sobre esse assunto poderiam ser levantadas, mas não é este nosso objetivo.
O que, antes, era visto a partir do prisma da ausência ou da limitação, agora é visto como uma diferente maneira de ser. Os povos africanos não são, portanto, nem piores e nem melhores do que os europeus. São simplesmente diferentes. Uma coisa eles tinham e têm, porém, em comum: o temor a Deus.

2. O profundo sentido de Deus
A ideia de Deus perpassa todas as religiões. Também as africanas. Muitos povos africanos têm a noção de um Deus criador, que, em seguida à criação, se afastou, intervindo, porém, no mundo através de entidades espirituais ou de heróis civilizadores, isto é, humanos de grandes poderes. Esse herói é também o ancestral. Por isso, até hoje é muito forte o culto e a devoção aos antepassados. Os antepassados são pessoas dotadas de poderes espirituais que exercem a função de mediadores entre os humanos e Deus. No catolicismo, equivaleria à devoção aos Santos.
A criação do mundo na concepção Bantu
Brevemente, segundo Leopold Shenghor,[2] esta é a história de Nzambi e do povo Bantu da região do rio Congo, cuja tradição oral remonta ao século V aC.:
“Nzambi estava sozinho nas águas escuras do nada. Desejava ter companhia, mas sem luz, não podia procurar por uma. Certo dia, sentiu dor de barriga e vomitou o Sol. De repente, havia luz em toda parte. Depois, Nzamba vomitou as estrelas e a Lua, e, assim, a noite também tinha luzes piscantes e suaves. No dia seguinte, vomitou nove criaturas diferentes, incluindo a tartaruga, o leopardo, a águia, o besouro, o crocodilo e um peixe chamado Yo. Ele também criou o relâmpago e, finalmente, vomitou homens. As criaturas recriaram a si próprias e também fizeram outros animais. Yo Criou todos os peixes do mar, o besouro criou todos os insetos, o crocodilo, todos os animais de pele fria.
Nzambi estava preocupado com o raio. O raio era um encrenqueiro e ele teve de persegui-lo e levá-lo de volta para o céu, embora ainda encontrasse chances de visitar a terra ocasionalmente, quando não estava sendo esperado. Quando a criação foi concluída, Nzambi disfarçou-se de homem e viajou por todas as aldeias dizendo às pessoas como havia criado tudo”.
Para os Bantu, povo que ocupou grandes áreas no norte e noroeste de Angola, Deus criador era chamado de Nzambi, que significa o todo-poderoso. Criou o céu, a terra, os homens e tudo o que existe.
O presente mundo é apenas uma cópia ou sombra do verdadeiro mundo, que fica no Além. Por isso, todo empenho dos Bantu é o de alcançar o Kalunga, a Terra sem Mal, onde as pessoas não envelhecem, onde não é preciso trabalhar, onde a caça já vem aos pés do caçador e onde não há nem sofrimento nem morte – paralelo à Profecia de Isaías, na Bíblia.

3. O sagrado e o profano
No universo Bantu não há separação entre o sagrado e o profano. Tudo é sagrado: a natureza, a vida e a morte. A doença não é vista como algo físico, corpóreo, mas como a consequência de um malefício espiritual praticado por alguém. É o que chamamos de feitiço e que pode ser controlado pelo Kimbandeiro ou terapeuta tradicional. O feitiço existiu em todos os povos da antiguidade e ainda existe em muitas culturas. Entre os Bantu é chamado de Kindoki ou Wanga. O feitiço ou força maléfica pode ser transmitido de diversas maneiras através de restos de comida, de objetos pessoais, como um fio de cabelo ou uma peça de roupa. Há casos em que, vindo uma pessoa a falecer, a última pessoa que a tenha visitado é acusada de provocar aquela morte. Para combater o feitiço há rezas fortes e rituais, muitas vezes, com perdas de vidas humanas.
Quando um Kimbandeiro não consegue tirar um feitiço ou evitar a morte de alguém, é considerado incompetente, podendo mesmo ser responsabilizado por aquela morte.
A união entre o sagrado e o profano faz com que todas as ações devam ser iniciadas com uma oração ou um sinal religioso. Por isso, os Bantu rezam antes de entrar na mata para caçar; rezam para pedir a bênção dos grãos que serão plantados; rezam antes de viajar, rezam antes de fazer uma fala, pedindo que Deus o inspire para dizer apenas as coisas boas; rezam, enfim, sempre e em todo lugar. Ou seja, a vida do africano é uma constante oração. A religião animista, que caracteriza este povo, vê Deus em tudo.

4. A natureza como lugar sagrado
Nas sociedades tradicionais a natureza é sempre vista com olhar religioso. Olha-se tudo, e em tudo vê-se Deus. A religião Bantu é manifestamente animista. Por isso, não encontramos templos de adoração. A religião Bantu dispensa templos, porque Deus está em tudo e em todos.
Por considerarem os rios igualmente morada dos espíritos, os Bantu evitam urinar em suas águas, bem como falar muito alto em suas margens, ou seja, os rios possuem uma força mística e espiritual superior à humana. Por isso, todo Rio tem um nome, e cada pessoa, individual ou coletivamente, vive em sintonia espiritual com determinados rios.
Muitas são as entidades que protegem a mata e os animais, sendo chamados, genericamente, de “donos da mata”. Esta função também é exercida pelo Filho do soba,[3] ou pelos donos dos animais. E ainda: cada espécie tem sua própria entidade protetora. Estas são guardiãs das referidas espécies. Elas punem os que faltam com o respeito à natureza, bem como os caçadores que matam fêmeas com filhotes ou aqueles que caçam sem necessidade. Esses são severamente punidos pelas autoridades responsáveis.
Diferentemente de povos de outros continentes, as religiões dos povos africanos se apresentam muito próximas da natureza e muito despojadas, do ponto de vista material. “São muito mais religiões da palavra, da experiência onírica [do sonho], do transe. Nesse sentido, são muito mais místicas e muito menos materialistas”.

5. Cultura da partilha e do acolhimento
Onde come um, comem dois.
A generosidade é uma das marcas da cultura Bantu. Para seus povos não há propriedade particular. As terras, as florestas e outros elementos da natureza são propriedade de todos. Por isso, quando um viajante, ao longo do caminho, tem fome, sente-se livre para se servir de qualquer fruta ou cereal de qualquer fazenda ou quinta, desde que deixe casca no lugar, a fim de que o proprietário, ao chegar, perceba que por ali passou um irmão que estava com fome.
Os europeus, ao chegarem às terras angolanas, ficaram muito surpresos com essa mentalidade e com esse costume. “Não existe entre eles propriedade particular, nem conhecem dinheiro. Seu tesouro é pena de pássaros, as lavras, a família. Quem as tem, é rico e quem tem cristais para [enfeitar] os lábios, é dos mais ricos.”
Na maior parte das aldeias não havia, e ainda não há, disparidade social entre pobres e ricos. Por isso, sua existência tão marcante no mundo ocidental choca os africanos.
Para evitar acumulação de propriedade, alguns povos criaram rituais em que se realiza a redistribuição dos bens acumulados ao logo do tempo. O ritual é realizado a cada dois ou três anos. Prepara-se uma grande quantidade de comida, sendo que uma parte é oferecida aos adultos, numa tigela de barro. A senha é esta: quem provar a comida e cuspir um pouco no chão sinaliza que aceita participar desse ritual. Nesse momento as pessoas que acompanham o cerimonial têm direito de levar o que desejarem da casa da pessoa que aceitou o ritual. “Há ao mesmo tempo desprendimento e audácia, que podem causar admiração e medo”.
Outro aspecto da generosidade é o acolhimento. Nas comunidades bantu a família não é restrita ao pai e à mãe como em nossa sociedade atual , mas é alargada, ou seja, ela inclui os avós, os tios maternos e paternos. Se vier a faltar um dos membros do casal — o pai ou a mãe, devido à morte ou por qualquer outro mal –, a criança não fica desamparada, pois é acolhida por outra pessoa da família, como o tio ou o avô. Isso explica porque nas comunidades originais africanas não há criança abandonada ou menor carente.

6. Um culto festivo
Ao contrário da cultura ocidental, onde a oração geralmente é um ato pessoal e, muitas vezes, silencioso, nas culturas africanas o culto é marcadamente coletivo, com cantos e danças. A dança sempre é ritual e religiosa. Assim, os rituais são sempre festivos, com abundância de comida e bebida. Pode-se até medir a vitalidade de uma aldeia pela frequência de suas festas. A falta de festas ou de celebrações é sinal de que a comunidade está em crise, por falta de rezadores e líderes, por desestruturação, por certas desgraças, por pobreza, ou mesmo por falta de comida.
7. Povos tolerantes e sem proselitismo
Os africanos são povos de religiões sem dogmas, sem constituições e instituição. O importante para eles não é um código escrito e imutável, mas sim, as tradições orais, baseadas em mitos e nas falas dos mais velhos.[4] As referências mais importantes são a tradição do grupo étnico e a inspiração divina. São elas que orientam a conduta pessoal e comunitária. Os povos Bantu são tolerantes.


[1]. É a denominação comum, para indicar vários povos, distintos e, ao mesmo tempo, semelhantes em termos culturais, que ocuparam o território angolano antes da chegada dos colonizadores portugueses.
[2]. Um escritor e político senegalês (1906-2001), mundialmente conhecido, particularmente por enaltecer a identidade negra. Dentre suas obras literárias podem ser destacadas: Chantes d’ombre (1945), Hosties noires (1948), Éthiopiques (1956), Nocturnes (1961), Élégies majeures (1979). Cf., entre outros Sites, http://www.infopedia.pt/$leopold-sedar-senghor, acesso em 28/06/2014.
[3]. “Soba” é o nome genérico atribuído ao chefe ou rei de tribo. Ele é dotado de poderes temporais e espirituais.
[4]. Os mais velhos (anciãos ) são considerados “bibliotecas vivas”, pois, é através deles que a cultura oral é transmitida.

domingo, 8 de maio de 2016


O que são chakras e suas propriedades psicológicas.
Chakras são centros de energia, situados na linha do meio do corpo. Há sete deles, e eles governam nossas propriedades psicológicas. Os chakras situados na parte mais inferior do nosso corpo pertencem ao nosso lado instintivo; os mais elevados, o nosso lado mental.
Chakras no meio do corpoOs chakras podem ter vários níveis de atividade. Quando estão "abertos", estão operando normalmente.
Idealmente, todos os chakras contribuiriam ao nosso ser. Nossos instintos trabalhariam junto com onossos sentimentos e pensamentos. Entretanto, nem sempre é assim. Alguns chakras não estão abertos o suficiente (sob-ativos), e para compensar, outros chakras são sobre-ativos. O estado ideal é quando os chakras estão balanceados. Para saber o estado de seus chakras, faça o teste.
Existem muitas técnicas para balancear os chakras, e a maioria delas são usadas. Não adianta tentar fazer os chakras sobre-ativos menos ativos, porque eles estão compensando os outros. Ao restaurar a compensação eles ficariam sobre-ativos outra vez rapidamente. Para parar esta compensação, chakras que eles estão cobrindo devem ser abertos. Veja as técnicas para abrir os chakras.

. 1 - Chakra Raiz

O Chakra da Raiz é sobre ser fisicamente lá, e o sentimento em repouso nas situações. Se estiver aberto, você sente aterrado, estável e seguro. Você não desconfia desnecessariamente das pessoas. Você se sente atual no aqui e agora e conectado a seu corpo físico. Você sente ter território suficiente.
Se você tender a ser medroso ou nervoso, seu Chakra da Raiz é provavelmente sob-ativo. Você não se sentiria facilmente bem-vindo.
Se este chakra for sobre-ativo, você pode ser muito materialista e ganancioso. Você provavelmente é obsessivo em ser seguro e resiste a mudança.

. 2 - Chakra Sacro

O Chakra Sacro é sobre o sentimento e a sexualidade. Quando está aberto, seus sentimentos fluem livremente, e se expressam sem você perceber que é sobre-emocional. Você está aberto à intimidade e você pode ser passional e vívido. Você não tem nenhum problema em tratar de sua sexualidade.
Se você tender a ser duro e frio ou a ser indiferente, o Chakra Sacro é sob-ativo. Você não está muito aberto às pessoas.
Se este chakra for sobre-ativo, você tende a ser emocional toda a hora. Você se sentirá emocionalmente unido às pessoas e você pode ser muito sexualmente ativo.

. 3 - Chakra Umbilical

O Chakra Umbilical é sobre afirmar-se em um grupo. Quando está aberto, você se sente no controle e você tem suficiente auto-estima.
Quando o Chakra Umbilical é sob-ativo, você tende a ser passivo e indecisivo. Você é provavelmente tímido e não tem o que você quer.
Se este chakra for sobre-ativo, você dominativo e provavelmente até mesmo agressivo.

. 4 - Chakra Cardíaco

O Chakra do Cardíaco é sobre o amor, a bondade e a afeição. Quando está aberto, você é piedoso e amigável, e você trabalha em relacionamentos harmoniosos.
Quando seu Chakra do Cardíaco é sob-ativo, você é frio e distante.
Se este chakra for sobre-ativo, você está sufocando as pessoas com seu amor e este provavelmente tem razões completamente egoístas.

. 5 - Chakra Laríngeo

O Chakra da Laríngeo é sobre a auto-expressão e falar. Quando está aberto, você não tem nenhum problema expressar-se, e você pode se passar por um modo artístico.
Quando este chakra está sob-ativo, você tende a não falar muito, e você é provavelmente introvertido e tímido. Contar mentiras pode bloquear este chakra.
Se este chakra for sobre-ativo, você tende a falar demasiadamente, geralmente domina as pessoas e as mantêm em distância. Você é um mau ouvinte se este for o caso.

. 6 - Chakra Terceiro Olho

O Chakra do Terceiro Olho é sobre a introspecção e o visualisação. Quando está aberto, você tem uma boa intuição. Você tende a fantasiar.
Se for sob-ativo, você não é muito bom em pensar em você mesmo, e você pode tender a confiar em autoridades. Você pode ser rígido em seu pensar, confiando em demasiadas opiniões. Você pode ser confundido facilmente.
Se este chakra for sobre-ativo, você pode viver em um mundo de fantasia. Em casos excessivos alucinações são possíveis.

. 7 - Chakra Coronário

O Chakra da Coronário é sobre a sabedoria e ser um com o mundo. Quando este chakra está aberto, você é desprejudicado e completamente ciente do mundo e de você mesmo.
Se for sob-ativo, você não está muito ciente da espiritualidade. Você provavelmente, é completamente rígido em seu pensar.
Se este chakra for sobre-ativo, você intelectualiza coisas demais. Você pode ser viciado em temas espirituais e está ignorando suas necessidades corporais.



O que são chakras e suas propriedades psicológicas.

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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Amendoeira: Seus galhos são usados nos locais em que o homem exerce suas atividades lucrativas. Na medicina caseira, seus frutos são comestíveis, porém em grande quantidades causam diarréia de sangue. Das sementes fabrica-se o óleo de amêndoas, muito usado para fazer sabonetes por ter efeitos emolientes, além de amaciar a pele.
Amoreira: Planta que armazena fluidos negativos e os solta ao entardecer; é usada pelos sacerdotes no culto a Eguns. Na medicina caseira, é usada para debelar as inflamações da boca e garganta.
Angelim-amargoso: Muito usado em marcenaria, por tratar-se de madeira de lei. Nos rituais, suas folhas e flores são utilizadas nos abô dos filhos de Nanã, e as cascas são utilizadas em banhos fortes com a finalidade de destruir os fluidos negativos que possam haver, realizando um excelente descarrego nos filhos de Exu. A medicina caseira indica o pó de suas sementes contra vermes. Mas cuidado! Deve ser usada em doses pequenas.
Aroeira: Nos terreiros de Candomblé este vegetal pertence a Exu e tem aplicação nas obrigações de cabeça, nos sacudimentos, nos banhos fortes de descarrego e nas purificações de pedras. É usada como adstringente na medicina caseira, apressa a cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações do aparelho genital. Também é de grande eficácia nas lavagens genitais.

Arrebenta Cavalo : No uso ritualístico esta erva é empregada em banhos fortes do pescoço para baixo, em hora aberta. É também usado em magias para atrair simpatia. Não é usada na medicina caseira.
Arruda: Planta aromática usada nos rituais porque Exu a indica contra maus fluidos e olho-grande. Suas folhas miúdas são aplicadas nos ebori, banhos de limpeza ou descarrego, o que é fácil de perceber, pois se o ambiente estiver realmente carregado a arruda morre. Ela é também usada como amuleto para proteger do mau-olhado. Seu uso restringe-se à Umbanda. Em seu uso caseiro é aplicada contra a verminose e reumatismos, além de seu sumo curar feridas.
Avelós – Figueira-do-diabo: Seu uso se restringe a purificação das pedras do orixá antes de serem levadas ao assentamento; é usada socada. A medicina caseira indica esta erva para combater úlceras e resolver tumores.
Azevinho: Muito utilizada na magia branca ou negra, ela é empregada nos pactos com entidades. Não é usada na medicina popular.
Bardana: Aplicada nos banhos fortes, para livrar o sacerdote das ondas negativas e eguns. O povo utiliza sua raiz cozida no tratamento de sarnas, tumores e doenças venéreas.
Beladona : Nas cerimônias litúrgicas só tem emprego nos sacudimentos domiciliares ou de locais onde o homem exerça atividades lucrativas. Trabalhos feitos com os galhos desta planta também provocam grande poder de atração. Pouco usada pelo povo devido ao alto princípio ativo que nela existe. Este princípio dilata a pupila e diminui as secreções sudorais, salivares, pancreáticas e lácteas.
Beldroega: Usada na purificação das pedras de Exu. O povo utiliza suas folhas, socadas, para apressar cicatrizações de feridas.
Brinco-de-princesa: É planta sagrada de Exu. Seu uso se restringe a banhos fortes para proteger os filhos deste orixá. Não possui uso popular.
Cabeça-de-nego: No ritual a rama é empregada nos banhos de limpeza e o bulbo nos banhos fortes de descarrego. Esta batata combate reumatismo, menstruações difíceis, flores brancas e inflamações vaginais e uterinas.
Cajueiro: Suas folhas são utilizadas pelo axogun para o sacrifício ritual de animais quadrúpedes. Em seu uso caseiro, ele combate corrimentos e flores brancas. Põe fim a diabetes. Cozinhar as cascas em um litro e meio de água por cinco minutos e depois fazer gargarejos, põe fim ao mau hálito.
Cana-de-açúcar: Suas folhas secas e bagaços são usadas em defumações para purificar o ambiente antes dos trabalhos ritualísticos, pois essa defumação destrói eguns. Não possui uso na medicina caseira.
Cardo-santo: Essa planta afugenta os males, propicia o aparecimento do perdido e faz cair os vermes do corpo dos animais. Na medicina caseira suas folhas são empregadas em oftalmias crônicas, enquanto as raízes e hastes são empregadas contra inflamações da bexiga.
Catingueira: É muito empregada nos banhos de descarrego. Seu sumo serve para fazer a purificação das pedras. Entretanto, não deve fazer parte do axé de Exu onde se depositam pequenos pedaços dos axé das aves ou bichos de quatro patas. Na medicina caseira ela é indicada para menstruações difíceis.
Cebola-cencém: Essa cebola é de Exu e nos rituais seu bulbo é usado para os sacudimentos domiciliares. É empregada da seguinte maneira : corta-se a cebola em pedaços miúdos e, sob os cânticos de Exu, espalha-se pelos cantos dos cômodos e embaixo dos móveis; a seguir, entoe o canto de Ogum e despache para Exu. Este trabalho auxilia na descoberta de falsidades e objetos perdidos. O povo utiliza suas folhas cozidas como emoliente.
Cunanã: Seu uso restringe-se aos banhos de descarrego e limpeza. Substituiu em parte, os sacrifícios a Exu. A medicina caseira indica os galhos novos desta planta para curar úlceras.
Erva-preá: Empregada nos banhos de limpeza, descarrego, sacudimentos pessoais e domiciliares. O povo usa o chá desta erva como aromatizante e excitante. Banhos quentes deste chá melhoram as dores nas articulações, causadas pelo artritismo.
Facheiro-Preto: Aplicada somente nos banhos fortes de limpeza e descarrego. Na medicina caseira, ela é utilizada nas afecções renais e nas diarréias.
Fedegoso Crista-de-galo: Esta erva é utilizada em banhos fortes, de descarrego, pois é eficaz na destruição de Eguns e causadores de enfermidades e doenças. Seus galhos envolvem os ebó de defesa. Com flores e sementes desta planta é feito um pó, o qual é aplicado sobre as pessoas e em locais; é denominado “o pó que faz bem”. Na medicina caseira atua com excelente regulador feminino. Além de agir com grande eficácia sobre erisipelas e males do fígado. É usada pelo povo, fazendo o chá com toda erva e bebendo a cada duas horas uma xícara.
Fedegoso: Misturada a outras ervas pertencentes a Exu, o fedegoso realiza os sacudimentos domiciliares. É de grande utilidade para limpar o solo onde foram riscados os pontos de Exu e locais de despacho pertencentes ao deus da liberdade.
Figo Benjamim: Erva usada na purificação de pedras ou ferramentas e na preparação do fetiche de Exu. É empregada também em banhos fortes nas pessoas obsediadas. No uso popular, suas folhas são cozidas para tratar feridas rebeldes e debelar o reumatismo.

Figo do Inferno
: Somente as folhas pertencentes a este vegetal são de Exu. Na liturgia, ela é o ponto de concentração de Exu. Não possui uso na medicina popular.
Folha da Fortuna: É empregada em todas as obrigações de cabeça, em banhos de limpeza ou descarrego e nos abôs de quaisquer filhos-de-santo. Na medicina caseira é consagrada por sua eficácia, curando cortes, acelerando a cura nas cicatrizações, contusões e escoriações, usando as folhas socadas sobre os ferimentos. O suco desta erva, puro ou misturado ao leite, ameniza as conseqüências de tombos e quedas.

Juá – Juazeiro
: É usada para complementar banhos fortes e raramente está incluída nos banhos de limpeza e descarrego. Seus galhos são usados para cobrir o ebó de defesa. A medicina caseira a indica nas doenças do peito, nos ferimentos e contusões, aplicando as cascas, por natureza, amargas.
Jurema Preta: Tanto na Umbanda quanto no Candomblé, a Jurema Preta é usada nos banhos de descarrego e nos ebó de defesa. O povo a indica no combate a úlceras e cancros, usando o chá das cascas.
Jurubeba: Utilizada em banhos preparatórios de filhos recolhidos ao ariaxé. Na medicina caseira, o chá de suas folhas e frutos propiciam um melhor funcionamento do baço e fígado. É poderoso desobstruente e tônico, além de prevenir e debelar hepatites. Banhos de assentos mornos com essa erva propiciam melhores às articulações das pernas.
Lanterna Chinesa: Utilizada em banhos fortes para descarregar os filhos atacados por eguns. Suas flores enfeitam a casa de Exu. Popularmente, é usada como adstringente e a infusão das flores é indicada para inflamação dos olhos.
Laranjeira do Mato: Seu uso se restringe a banhos fortes, de limpeza e descarrego. Na medicina caseira ela atua com grande eficácia sobre as cólicas abdominais e também menstruais.
Mamão Bravo: Planta utilizada nos banhos de limpeza, descarrego e nos banhos fortes. Além de ser muito empregada nos ebó de defesa, sendo substituída de três em três dias, porque o orixá exige que a erva esteja sempre nova. O povo a utiliza para curar feridas.
Maminha de Porca: Somente seus galhos são usados no ritual e em sacudimentos domiciliares. O povo a indica como restaurador orgânico e tonificador do organismo. Sua casca cozida tem grande eficácia sobre as mordeduras de cobra.
Mamona: Suas folhas servem como recipiente para arriar o ebó de Exu. Suas sementes socadas vão servir para purificar o otá de Exu. Não tem uso na medicina popular.
Mangue Cebola: No ritual, a cebola é usada nos sacudimentos domiciliares. Corte a cebola em pedaços miúdos e, entoando em voz alta o canto de Exu, a espalhe pela casa, nos cantos e sob os móveis. Na medicina caseira, a cebola do mangue esmagada cura feridas rebeldes.
Mangueira: É aplicada nos banhos fortes e nas obrigações de ori, misturada com aroeira, pinhão-roxo, cajueiro e vassourinha-de-relógio, do pescoço para baixo. Ao terminar, vista uma roupa limpa. As folhas servem para cobrir o terreiro em dias de abaçá. Na medicina caseira é indicada para debelar diarréias rebeldes e asma. O cozimento das folhas, em lavagens vaginais, põe fim ao corrimento.
Manjerioba: Utilizada nos banhos fortes, nos descarregos, nas limpezas pessoais e domiciliares e nos sacudimentos pessoais, sempre do pescoço para baixo. O povo a indica como regulador menstrual, beneficiando os órgãos genitais. Utiliza-se o chá em cozimento.
Maria Mole: Aplicada nos banhos de limpeza e descarrego, muito procurada para sacudimentos domiciliares. O povo a indica em cozimento nas dispepsias e como excelente adstringente.
Mata Cabras: Muito utilizado para afugentar eguns e destruir larvas astrais. As pessoas que a usam não devem tocá-la sem cobrir as mãos com pano ou papel, para depois despachá-la na encruzilhada. O povo indica o cozimento de suas folhas e caules para tirar dores dos pés e pernas, com banho morno.
Mata Pasto: Seus galhos são muito utilizados nos banhos de limpeza, descarrego, nos sacudimentos pessoais e domiciliares. O povo a indica contra febres malignas e incômodos digestivos.
Mussambê de Cinco Folhas: Obs.: Sejam eles de sete, cinco, ou três folhas, todos possuem o mesmo efeito, tanto nos trabalhos rituais, quanto na medicina caseira. Esta erva é utilizada por seus efeitos positivos e por serem bem aceitas por Exu no ritual de boas vindas. Na medicina caseira é excelente para curar feridas.
Ora-pro-nobis: É erva integrante do banho forte. Usada nos banhos de descarrego e limpeza. É destruidora de eguns e larvas negativas, além de entrar nos assentamentos dos mensageiros Exus. No uso caseiro, suas folhas atuam como emolientes.
Palmeira Africana: Suas folhas são aplicadas nos banhos de descarrego ou de limpeza. Não possui uso na medicina caseira.

Pau D’alho
: Os galhos dessa erva são utilizados nos sacudimentos domiciliares e em banhos fortes, feitos nas encruzilhadas, misturadas com aroeira, pinhão branco ou roxo. Na encruzilhada em que tomar o banho, arrie um mi-ami-ami, oferecido a Exu, de preferência em uma encruzilhada tranqüila. Na medicina caseira ela é usada para exterminar abscessos e tumores. Usa-se socando bem as folhas e colocando-as sobre os tumores. O cozimento de suas folhas, em banhos quentes e demorados, é excelente para o reumatismo e hemorróidas.
Picão da Praia: Não possui uso ritualístico. A medicina caseira o indica como diurético e de grande eficácia nos males da bexiga. Para isso utilize-o sob a forma de chá.
Pimenta Darda: “Aplicada em banhos fortes e nos assentamentos de Exu. Na medicina caseira, suas sementes em infusão são anti-helmínticas, destruindo até ameba.

Pinhão Branco
: Aplicada em banhos fortes misturadas com aroeira. Esta planta possui o grande valor de quebrar encantos e em algumas ocasiões substitui o sacrifício de Exu. Suas sementes são usadas pelo povo como purgativo. O leite encontrado por dentro dos galhos é de grande eficácia colocado sobre a erisipela. Porém, deve-se Ter cuidado, pois esse leite contém uma terrível nódoa que inutiliza as roupas.
Pinhão Coral: Erva integrante nos banhos fortes e usadas nos de limpeza e descarrego e nos ebó de defesa. Na medicina caseira o pinhão coral trata feridas rebeldes e úlceras malignas.
Pinhão Roxo: No ritual tem as mesmas aplicações descritas para o pinhão branco. É poderoso nos banhos de limpeza e descarrego, e também nos sacudimentos domiciliares, usando-se os galhos. Não possui uso na medicina popular.

Pixirica – Tapixirica
: No ritual faz parte do axé de Exu e Egun. Dela se faz um excelente pó de mudança que propicia a solução de problemas. O pó feito de suas folhas é usado na magia maléfica. Na medicina caseira ela é indicada para as palpitações do coração, para a melhoria do aparelho genital feminino e nas doenças das vias urinárias.
Quixambeira: É aplicada em banhos de descarrego e limpeza para a destruição de eguns e ao pé desta planta são arriadas obrigações a Exu e a Egun. Na medicina caseira, com suas cascas em cozimento, atua como energético adstringente. Lavando as feridas, ela apressa a cicatrização.
Tajujá – Tayuya: É usada em banhos fortes, de limpeza ou descarrego. A rama do tajujá é utilizada para circundar o ebó de defesa. O povo a indica como forte purgativo.

Tamiaranga
: É destinada aos banhos fortes, banhos de descarrego e limpeza. É usada nos ebó de defesa. O povo a indica para tratar úlceras e feridas malignas.

Tintureira
: Utilizada nos banhos fortes, de limpeza ou descarrego. Bem próximo ao seu tronco são arriadas as obrigações destinadas a Exu. O povo utiliza o cozimento de suas folhas como um energético desinflamatório.

Tiririca
: Esta plantinha de escasso crescimento apresenta umas pequeninas batatas aromáticas. Estas são levadas ao fogo e, em seguida, reduzida a pó, o qual funciona como pó de mudança no ritual. Serve para desocupar casas e, colocadas embaixo da língua, desodoriza o hálito e afasta eguns.

Urtiga Branca
: É empregada nos banhos fortes, nos de descarrego e limpeza e nos ebó de defesa. Faz parte nos assentamentos. O povo a indica contra as hemorragias pulmonares e brônquicas.
Urtiga Vermelha: Participa em quase todas as preparações do ritual, pois entra nos banhos fortes, de descarrego e limpeza. É axé dos assentamentos de Exu e utilizada nos ebó de defesa. Esta planta socada e reduzida a pó, produz um pó benfazejo. O povo indica o cozimento das raízes e folhas em chá como diurético.

Vassourinha de Botão
: Muito empregada nos sacudimentos pessoais e domiciliares. Não possui uso na medicina popular.

Vassourinha de Relógio
: Ela somente participa nos sacudimentos domiciliares. Não possui uso na medicina caseira.
Xiquexique: Participa nos banhos fortes, de limpeza ou descarrego. São axé nos assentamentos de Exu e circundam os ebó de defesa. O povo indica esta erva para os males dos rins.

terça-feira, 3 de maio de 2016

HISTÓRIA DA UMBANDA

No final de 1908, Zélio Fernandino de Moraes, um jovem rapaz com 17 anos de idade, que preparava-se para ingressar na carreira militar na Marinha, começou a sofrer estranhos "ataques". Sua família, conhecida e tradicional na cidade de Neves, estado do Rio de Janeiro, foi pega de surpresa pelos acontecimentos.
Esses "ataques" do rapaz, eram caracterizados por posturas de um velho, falando coisas sem sentido e desconexas, como se fosse outra pessoa que havia vivido em outra época. Muitas vezes assumia uma forma que parecia a de um felino lépido e desembaraçado que mostrava conhecer muitas coisas da natureza.
Após examiná-lo durante vários dias, o médico da família recomendou que seria melhor encaminhá-lo a um padre, pois o médico (que era tio do paciente), dizia que a loucura do rapaz não se enquadrava em nada que ele havia conhecido. Acreditava mais, era que o menino estava endemoniado.
Alguém da família sugeriu que "isso era coisa de espiritismo" e que era melhor levá-lo à Federação Espírita de Niterói, presidida na época por José de Souza. No dia 15 de novembro, o jovem Zélio foi convidado a participar da sessão, tomando um lugar à mesa.
Tomado por uma força estranha e alheia a sua vontade, e contrariando as normas que impediam o afastamento de qualquer dos componentes da mesa, Zélio levantou-se e disse: "Aqui está faltando uma flor". Saiu da sala indo ao jardim e voltando após com uma flor, que colocou no centro da mesa. Essa atitude causou um enorme tumulto entre os presentes. Restabelecidos os trabalhos, manifestaram-se nos médiuns kardecistas espíritos que se diziam pretos escravos e índios.
O diretor dos trabalhos achou tudo aquilo um absurdo e advertiu-os com aspereza, citando o "seu atraso espiritual" e convidando-os a se retirarem.
Após esse incidente, novamente uma força estranha tomou o jovem Zélio e através dele falou: _"Porque repelem a presença desses espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens. Será por causa de suas origens sociais e da cor ?"
Seguiu-se um diálogo acalorado, e os responsáveis pela sessão procuravam doutrinar e afastar o espírito desconhecido, que desenvolvia uma argumentação segura.
Um médium vidente perguntou: _"Por quê o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram, quando encarnados, são claramente atrasados? Por quê fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome irmão?
_"Se querem um nome, que seja este: sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque para mim, não haverá caminhos fechados."
_"O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui padre e o meu nome era Gabriel Malagrida. Acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da Inquisição em Lisboa, no ano de 1761. Mas em minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer como caboclo brasileiro."
Anunciou também o tipo de missão que trazia do Astral:
_"Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã (16 de novembro) estarei na casa de meu aparelho, às 20 horas, para dar início a um culto em que estes irmãos poderão dar suas mensagens e, assim, cumprir missão que o Plano Espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados.”
O vidente retrucou: _"Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto" ? perguntou com ironia. E o espírito já identificado disse:
_"Cada colina de Niterói atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei".
Para finalizar o caboclo completou:
_"Deus, em sua infinita Bondade, estabeleceu na morte, o grande nivelador universal, rico ou pobre, poderoso ou humilde, todos se tornariam iguais na morte, mas vocês, homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar essas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Porque não podem nos visitar esses humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas socialmente importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além?"
No dia seguinte, na casa da família Moraes, na rua Floriano Peixoto, número 30, ao se aproximar a hora marcada, 20:00 h, lá já estavam reunidos os membros da Federação Espírita para comprovarem a veracidade do que fora declarado na véspera; estavam os parentes mais próximos, amigos, vizinhos e, do lado de fora, uma multidão de desconhecidos.
Às 20:00 h, manifestou-se o Caboclo das Sete Encruzilhadas. Declarou que naquele momento se iniciava um novo culto, em que os espíritos de velhos africanos que haviam servido como escravos e que, desencarnados, não encontravam campo de atuação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas em sua totalidade para os trabalhos de feitiçaria; e os índios nativos de nossa terra, poderiam trabalhar em benefício de seus irmãos encarnados, qualquer que fosse a cor, a raça, o credo e a condição social.
A prática da caridade, no sentido do amor fraterno, seria a característica principal deste culto, que teria por base o Evangelho de Jesus.
O Caboclo estabeleceu as normas em que se processaria o culto. Sessões, assim seriam chamados os períodos de trabalho espiritual, diárias, das 20:00 às 22:00 h; os participantes estariam uniformizados de branco e o atendimento seria gratuito. Deu, também, o nome do Movimento Religioso que se iniciava: UMBANDA – Manifestação do Espírito para a Caridade.
A Casa de trabalhos espirituais que ora se fundava, recebeu o nome de Nossa Senhora da Piedade, porque assim como Maria acolheu o filho nos braços, também seriam acolhidos como filhos todos os que necessitassem de ajuda ou de conforto.
Ditadas as bases do culto, após responder em latim e alemão às perguntas dos sacerdotes ali presentes, o Caboclo das Sete Encruzilhadas passou a parte prática dos trabalhos.
O caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que haviam neste local, praticando suas curas.
Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras:
"_ Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá."
Após insistência dos presentes fala:
"_Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nego."
Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:
"_Minha caximba. Nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque busca."
Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de "Guia de Pai Antonio".
No dia seguinte, verdadeira romaria formou-se na rua Floriano Peixoto. Enfermos, cegos etc. vinham em busca de cura e ali a encontravam, em nome de Jesus. Médiuns, cuja manifestação mediúnica fora considerada loucura, deixaram os sanatórios e deram provas de suas qualidades excepcionais.
A partir daí, o Caboclo das Sete Encruzilhadas começou a trabalhar incessantemente para o esclarecimento, difusão e sedimentação da religião de Umbanda. Além de Pai Antônio, tinha como auxiliar o Caboclo orixá Malé, entidade com grande experiência no desmanche de trabalhos de baixa magia.
Em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas recebeu ordens do Astral Superior para fundar sete tendas para a propagação da Umbanda. As agremiações ganharam os seguintes nomes: Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia; Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição; Tenda Espírita Santa Bárbara; Tenda Espírita São Pedro; Tenda Espírita Oxalá, Tenda Espírita São Jorge; e Tenda Espírita São Gerônimo. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das mencionadas.
Embora não seguindo a carreira militar para a qual se preparava, pois sua missão mediúnica não o permitiu, Zélio Fernandino de Moraes nunca fez da religião sua profissão. Trabalhava para o sustento de sua família e diversas vezes contribuiu financeiramente para manter os templos que o Caboclo das Sete Encruzilhadas fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitara ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele.Ministros, industriais, e militares que recorriam ao poder mediúnico de Zélio para a cura de parentes enfermos e os vendo recuperados, procuravam retribuir o benefício através de presentes, ou preenchendo cheques vultosos. "_Não os aceite. Devolva-os!", ordenava sempre o Caboclo.
A respeito do uso do termo espírita e de nomes de santos católicos nas tendas fundadas, o mesmo teve como causa o fato de naquela época não se poder registrar o nome Umbanda, e quanto aos nomes de santos, era uma maneira de estabelecer um ponto de referência para fiéis da religião católica que procuravam os préstimos da Umbanda. O ritual estabelecido pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas era bem simples, com cânticos baixos e harmoniosos, vestimenta branca, proibição de sacrifícios de animais. Dispensou os atabaques e as palmas. Capacetes, espadas, cocares, vestimentas de cor, rendas e lamês não seriam aceitos. As guias usadas são apenas as que determinam a entidade que se manifesta. Os banhos de ervas, os amacis, a concentração nos ambientes vibratórios da natureza, a par do ensinamento doutrinário, na base do Evangelho, constituiriam os principais elementos de preparação do médium.
O ritual sempre foi simples. Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje.
Após 55 anos de atividades à frente da Tenda Nossa Senhora da Piedade (1º templo de Umbanda), Zélio entregou a direção dos trabalhos as suas filhas Zélia e Zilméa, continuando, ao lado de sua esposa Isabel, médium do Caboclo Roxo, a trabalhar na Cabana de Pai Antônio, em Boca do Mato, distrito de Cachoeiras de Macacu – RJ, dedicando a maior parte das horas de seu dia ao atendimento de portadores de enfermidades psíquicas e de todos os que o procuravam.
Em 1971, a senhora Lilia Ribeiro, diretora da TULEF (Tenda de Umbanda Luz, Esperança, Fraternidade – RJ) gravou uma mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas, e que bem espelha a humildade e o alto grau de evolução desta entidade de muita luz. Ei-la:
"A Umbanda tem progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade, honestidade e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao pai de terreiro, como no coração do homem que fala à mãe de terreiro. É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Umbanda é humildade, amor e caridade – esta a nossa bandeira. Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxossi, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da falange de Oxossi, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão. Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda. Meus irmãos: meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa Umbanda. A maior parte dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passaram pelas que saíram desta Casa. Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade. Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou à Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos. Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria. Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas". 

http://www.tensp.org/

Os chakras e os bloqueios











Os chakras são pontos energéticos que são ligados às glândulas de nosso corpo através de feixes chamados Meridianos.


Os meridianos não ligam apenas os chakras às glândulas mas também os ligam uns aos outros num delicado complexo que pode sofrer alteração facilmente. No caso de uma operação, dependendo da parte do corpo onde ela ocorrer, estes meridianos podem ser rompidos. Hipnose


Os feixes de meridianos começam nos dedos dos pés e sobem pela perna, ramificando no pâncreas e apêndice. Continuam subindo e passam por novas ramificações nas supra-renais e timo, juntando-se em um único feixe quando atingem as amídalas. Sobem pelo lado direito do pescoço passando dois dedos abaixo da base da orelha e terminam na glândula pineal. No caso os feixes que partem dos dedos das mãos se ramificam aos outros feixes quando atingem o timo.


Portanto, as operações que correm maior risco de romper os meridianos são duas:
Na região do ventre – cesariana, apêndice, etc;
Na região da laringe – amídalas.
Quando um meridiano passa a não transmitir a energia de um ponto ao outro ele está bloqueado e o chakra que receberia sua energia não a recebe. Portanto o nome bloqueio vem desta alteração.
Se rompido o meridiano, o bloqueio se tornará mais difícil de ser tratado, porque será necessário religar para que desapareça por completo o bloqueio.


Os chakras são estruturas energéticas em forma de vórtice, que gira no sentido horário e de acordo com o ciclo planetário, que é mais ou menos entre 33 e 37 ciclos por segundo. (de acordo com uma máquina que tem a capacidade de filmar e fotografar os chakras – máquina esta que ainda não chegou a ser comercializada por causa de seu alto custo de fabricação)


Outros motivos que podem levar a um bloqueio dos chakras são os desequilíbrios das atividades físicas, mentais e emocionais que acabam fazendo com que o movimento do chakra fique alterado, ou mais rápido ou mais lento do que sua velocidade normal – que é de acordo com os ciclos planetários – ou mesmo fazendo com que ele tenha um movimento contrário, ou seja, anti-horário.
Nestes casos não chegam a ser considerados como bloqueios e sim apenas como desequilíbrio do chakra, porque facilmente é equilibrado e com uso de técnicas simples e rápidas, podendo até mesmo ser utilizadas no dia-a-dia para prevenir o seu desequilíbrio.


Os chakras emocionais:

Plexo solar, cardíaco e Laríngeo



O chakra do Plexo solar, quando afetado ou bloqueado, causa sintomas de dores estomacal e má digestão, além de que, geralmente, causa depressão. Na aura costuma causar falhas e “Vácuos Negros” em toda a corona e afeta muito a energia paranormal e espiritual. Sua localização física se encontra no pâncreas e baço.


O cardíaco causa as mesmas sensações que nos chakras do plexo solar e laríngeo, e geralmente um dos sois ou os dois estarão também bloqueado, porque a energia antes de chegar ao cardíaco passa pelos dois chakras. Pode também causar palpitações e aceleração do coração.


O chakra Laríngeo, afeta principalmente a garganta e sistema respiratório, mas causa também depressão, nos três níveis, inconsciente, consciente e profunda, causa também sentimento de culpa (abertura para obsessores) e sentimentos suicidas. Principal sintoma é o sentimento de perseguição. Sua localização física está nas amídalas.



Chakras Energéticos:


São os chakras que controlam e distribui as energias, o frontal e coronário.

O chakra frontal nunca fica bloqueado, o que pode acontecer é ele ficar com seus ciclos acelerados ou lentos.

Sintomas se acelerado:
geralmente a insônia e dores de cabeça causada principalmente pela falta de sono, em alguns casos a pessoa pode sentir muito sono. A pessoa geralmente se torna muito acelerado e impaciente.


Sintomas se lento: Muito sono e ansiedade, geralmente e na maioria dos casos, a pessoa passa a comer muito e a engordar com muita facilidade.


Para equilibrar este chakra é muito simples, existem muitas técnicas, a que passo é apenas uma delas, basta esfregar as mãos, depois respira fundo e prende a respiração, durante a respiração preza, com a mão direita acelera o chakra com movimentos circulares e no sentido horário, muito rápido, enquanto a respiração está presa, depois para equilibrar para que não fique muito acelerado. Depois que soltar a respiração, bate com as pontas dos dedos no frontal umas sete ou nove vezes. Isto faz com que o chakra fique na velocidade certa de acordo com o ciclo planetário que hoje está em 37 – trinta e sete ciclos por segundo. Tanto faz se o chakra está acelerado ou lento. Deve-se fazer isto 3 dias seguidos, mas pode-se fazer uma vez ao dia ou quantas vezes quiser todos os dias que desta forma sempre se mantém equilibrado. Sua localização física é na glândula pituitária.


Chakra coronário, este quando bloqueado, provoca dores de cabeça, perdas de memória e principalmente a má distribuição energética para os outros chakras. Sua localização física é na glândula pineal.


Quando um chakra está bloqueado, ele não recebe sua energia específica e fica debilitado, debilitando assim o corpo físico, para manter seu funcionamento, ele rouba energia de um outro chakra, mas como não é a sua própria energia. Ele irá funcionar de forma errada e pode complicar os sintomas. O problema maior é que o chakra que está sendo roubado, passa a se debilitar e pode até formar outro bloqueio e assim roubar de outro chakra e simultaneamente, assim por diante um rouba do outro, até passarem a utilizar a energia bruta do chakra básico. Nesta situação todo o corpo estará debilitado, com problemas físicos, emocionais e até espirituais.


As formas de bloqueios são várias, mas as principais são: bolhas de energia saindo da região do chakra (muito comum), falhas oncológicas ao redor da região do chakra, vácuos negros como se fossem conflitos emocionais e até mesmo falhas na corona.


Centros de forças


Os centros de forças são os seguintes:


1) Coronário: é considerado o + importante dos chakras pois distribui as energias para os demais centros.Por isso está em ligação com a parte superior do cérebro, da mente, que é o computador central de nosso ser.Sua função é ligar po plano espiritual com plano físico.Relaciona-se materialmente com a epífise ou glândula pineal, considerada pelo esp´rito André Luiz-glândula da vida mental, que funciona como o mais avançado laboratório de elemntos psíquicos da criatura terrestre.


2) Frontal: é o rsponsável pelo funcionamento dos centros superiores da inteligência e do sistema nervoso central.Relaciona-se materialmente com com os lobos cerebrais frontais.


3) Laríngeo: é o chakra responsável pelo funcionamento das glândulas do timo e da tireóide e da faculdade da palavra. Está ligado fisicamente com a garganta.


4) Cardíaco: é o responsável pelo funcionamento do aparelho circulatório. Está ligado fisicamente com o coração.


5) Gástrico: é o responsável pelo funcionamento do aparelho digestivoou com o plexo solar, com o qual está a ligação material.


6) Esplênico: este centro de força responsabiliza-se pelo funcionamento do baço, com o qual está em contato físico. Tem grande importância na formação e reposição das defesas orgânicas através do sangue.


7) Genésico: ou básico, é o centro responsável pelo funcionamento dos órgãos reprodutores, com os quais está em ligação material.

Os centros de força, análogos aos transformadores de energia, é que permitem nos sustentar no corpo físico, uma vez que somos espíritos imortais em trânsito pela carne, e que servem de canais de entrada e saída das energias, inclusive as ministtradas pelo passe magnético.
Enfim, os centros de força, conjugados com o perispírito, permitem a integração entre o espírito e o corpo, união que permite a ação recíproca entre a energia orgânica e a mental, o que favorece a condução das energias fluídicas, movimentadasa pelo passe, às celulas do corpo.


http://espiritismolevadoaserio.blogspot.com.br/2008/02/os-chakras-e-os-bloqueios.html

Chakra Rádico
O vidente pode observar perfeitamente a anomalia dos chakra rádico, que tem por objetivo receber inicialmente o kundalini, pode ocasionar doenças no homem.
O kundalini é energia do tipo rádio. Ele é captado pelo rádico, sua energia vem do centro da Terra e tem por função canalizar esta para irrigar os demais
chakras, chegando até o chakra coronário, localizado no topo da cabeça.
Pode acontecer que devido à anomalia do centro de força do rádico, a energia caminha até o centro de coluna e não suba, voltando ao rádico. Ai é um perigo
para o iniciado, pois ele se transforma num ser pervertido. A alguns dos casos de pederastia vem deste processo, para qual a medicina clássica não tem cura.
Pela forma do chakra rádico, pode-se verificar se a pessoa é devasso sexual ou pederasta em toda a dimensão. É o caso de muitas pessoas que acionam determinado campo oculto e depois sofrem a conseqüência de sua insensatez.
O vidente pode ver o chakra rádico distorcido, no plano horizontal; ai é o caso da perversão sexual.
 
Chakra umbilical
Na análise do chakra umbilical sempre há algumas anormalidades na cor.
Quando a pessoa é atingida por vibrações negativas, o primeiro lugar a sentir estas vibrações energéticas é o chakra umbilical e o baço. Os órgãos e serem atingidos são fígado e os rins.
Na cor verde e amarelado do chakra, nas suas estrias aparecerão as manchas pretas e vermelhas. Há necessidade de interferência de um mestre para neutralizar estas vibrações.
Como o chakra umbilical disforme recebendo atuação de seu correspondente astral, a pessoa será acometida por inúmeras doenças, tais como cólicas de fígado, dores nos rins, intestinos, baço, aparelho digestivo, etc.
Estando apodrecidas as células do chakras umbilical, a pessoa terá doença incurável, podendo até ser câncer, só podendo ser revertida por atuação divina.
O paciente que sofre de leucemia tem o baço e o fígado aumentados, havendo reflexos em outros chakras.
A magia negra pode atingir os chakras umbilical e do baço e ser fatal para a pessoa.
Essas vibrações nos chakras, se negativas, terão de ser neutralizados por outras positivas - a magia branca. O vidente ou clarividente pode vero centro energético negativo(magia negra) e poderá ser o mesmo neutralizado por outra força e magia branca, isto é, pela luz.

Chakra cardíaco
O chakra cardíaco está relacionado com o coração. Ele tem a cor de ouro, é brilhante, com doze ondulações. Gira no sentido dextrogiro, com o tamanho de cinco centímetro de diâmetro.
Quando a pessoa é atingida por vibrações ou magia de um centro emissor negativo, o chakra começa a girar em sentido contrário, e a pessoa é vitima de taquicardia. Somente a magia branca poderá, com base em força mental, neutralizar a vibração, e o centro volta a funcionar normalmente.
O fogo pode perfeitamente neutralizar estas vibrações do mal, com orientação do mestre.
O ideal é neutralizar na sua origem, para que haja a cura total da pessoa atingida.
Às vezes este chakra está todo disforme e a pessoa fica bondosa, quer dar o que é seu e o que pertence ao olheio.
 
Chakra laríngeo
Ele está ligado a duas glândulas, tireóide e paratireóide, que controlam o metabolismo do corpo.
O chakra fica no duplo etéreo, na região da garganta.
O tamanho dele é cinco centímetros em quando afetado, poderá ficar atrofiado ou dilacerado.
As pessoas podem, às vezes, estar com o chakra laríngeo disforme, e neste caso há aumento de tamanho. Ele fica tagarela, não guarda segredo. É o caso das maçon, que saem de sua loja e vão ao restaurante "Pedra Bruta" e ali ficam comentando o que passou na loja, embora tenham jurado silêncio.

Chakra frontal
É também chamado de visual ou olho de shiva. O vidente pode ver perfeitamente anomalia no chakra frontal, se a pessoa foi operada da pituitária (sua remoção), pois há quem diga que uma operação desta pode retardar a metástase do corpo.
O desenvolvimento do chakra frontal pode ser orientado por um mestre oculto ou visível.
É comum nos mosteiros do Tibete fazer a abertura deste centro de força do discípulo cantando mantras e banhando o lugar na testa com ervas próprias. Às vezes, o iniciado sai do mosteiro e começa ver aura das pessoas e seu duplo etéreo.
Já o mestre oculto procede à abertura no seu discípulo usando método lento. É comum o místico, no dia de folga, ser tomado de intensa dor de cabeça, passando três dias assim, e depois ela sumir com que por encanto. É o desenvolvimento do chakra frontal.

Chakra coronário
Este chakra fica no alto da cabeça e vibra com rapidez. Tem todas as cores do espectro, prevalecendo o violeta. Na Índia é denominado flor de mil pétalas.
O homem, na visão espiritual, se adiantado moralmente, recebe por este chakra todas as emanações de luz divina.
No Oriente, nas imagens dos avatares, o chakra coronário aparece como uma protuberância da evolução, ele pode aparecer com dois chifres saindo dos chakras frontais, que são subsidiários. Isso significa que passou a vida praticando a magia negra, e agora está sofrendo o castigo de ter onerado seu carma.

Tela etérea: Efeitos do álcool e do tabagismo A tela etérea pode ser rompida com o efeito do tabagismo, do álcool e de outros psicotrópicos.
Esta tela etérea tem a função de proteger o indivíduo contra o assédio de entidades maléficas.
Estas substâncias se vitalizam e passam para o plano astral, por intermédio doa chakras, rompendo com isto a tela protetora - etérea - que a natureza mantém fechada contra a comunicação ou influência perturbadora de alguns espíritos.
vai ver a sabedoria da Igreja e de outras sociedades esotéricas e exotéricas, ao proibir o uso de bebidas, tabagismo, psicotrópicos, visa a proteção da tela etérea, evitando, assim, o seu atrofiamento.
O estudante do ocultismo deve livrar-se do tabagismo, do alcoolismo, de psicotrópicos, e pode, na senda da evolução, esperar que as faculdades psíquicas se atualizem no tempo devido, sempre numa conduta moral inabalável.

Texto Retirado do Livro:
Os Chakras - Centros Energéticos
Autor: José Ebram

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Nação Angola


A “nação” Angola, de origem Banto, adotou o panteão dos orixás iorubás (embora os chame pelos nomes de seus esquecidos inkisis, divindades bantos, assim como incorporou muitas das práticas iniciáticas da nação queto. Sua linguagem ritual, também intraduzível, originou-se predominantemente das línguas quimbundo e quicongo. Nesta “nação”, tem fundamental importância o culto dos caboclos, que são espíritos de índios, considerados pelos antigos africanos como sendo os verdadeiros ancestrais brasileiros, portanto os que são dignos de culto no novo território a que foram confinados pela escravidão. O candomblé de caboclo é uma modalidade da nação angola, centrado no culto exclusivo dos antepassados indígenas. Foram provavelmente o candomblé angola e o de caboclo que deram origem à umbanda. Há outras nações menores de origem banto, como a congo e a cambinda, hoje quase inteiramente absorvidas pela nação angola.
O Deus supremo e Criador é Nzambi ou Nzambi Mpungu; abaixo dele estão os Jinkisi/Minkisi, divindades do Panteão Bantu. Essas divindades se assemelham a Olorun e Orishas da Mitologia Yoruba, e Olorum e Orixá do Candomblé Ketu.
Os principais Minkisi são:
Aluvaiá, Bombo Njila, Pambu Njila: intermediário entre os seres humanos e o outros Jinkice (cf. Exú (orixá)).
Nkosi: Senhor dos Caminhos, das estradas de terra
Mukumbe, Biolê, Buré: qualidades ou caminhos desse nkise
Ngunzu: engloba as energias dos caçadores de animais, pastores, criadores de gado e daqueles que vivem embrenhados nas profundezas das matas, dominando as partes onde o sol não penetra.
Kabila: o caçador pastor. O que cuida dos rebanhos da floresta.
Mutalambô, Lembaranguange: caçador, vive em florestas e montanhas; deus de comida abundante.
Gongobira: caçador jovem e pescador.
Mutakalambô: tem o domínio das partes mais profundas e densas das florestas, onde o Sol não alcança o solo por não penetrar pela copa das árvores.
Katende: Senhor das Jinsaba (folhas). Conhece os segredos das ervas medicinais.
Nzazi, Loango: São o próprio raio.
Kavungo, Kafungê, Kingongo: deus de saúde e morte.
Nsumbu – Senhor da terra, também chamado de Ntoto pelo povo de Kongo.
Hongolo ou Angorô: auxilia a comunicação entre os seres humanos e as divindades.
Kitembo: Rei de Angola. Senhor do tempo e estações.
Kaiangu: têm o domínio sobre o fogo.
Matamba, Bamburussenda, Nunvurucemavula: qualidades ou caminhos de Kaiangu
Kisimbi, Samba_Nkice: a grande mãe; deusa de lagos e rios.
Ndanda Lunda: Senhora da fertilidade, e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi.
Kaitumbá, Mikaiá, Kokueto: deusa do oceano.
Nzumbarandá: a mais velha das Nkisi
Nwunji: Senhora da justiça. Representa a felicidade de juventude e toma conta dos filhos recolhidos.
Lembá Dilê, Lembarenganga, Jakatamba, Kassuté Lembá, Gangaiobanda: conectado à criação do mundo.
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Ritual
Na Angola, os sacramentos são:
1 – Massangá: Ritual de batismo de água doce (menha), na cabeça (mutue), do iniciado (ndumbi), usando-se ainda o kezu (Obi).
2 – Nkudiá Mutuè: (Bori)- ritual de colocação de forças (Kalla ou Ngunzu(Angola)= Asé(Axé) = Muki(Congo)), através do sangue (menga) de pequenos animais.
3 – Nguecè Benguè Kamutué: ritual de raspagem, vulgarmente chamado de feitura de santo.
4 – Nguecè Kamuxi Muvu: Ritual de obrigação de 1 ano.
5 – Nguecè Katàtu Muvu: Ritual de obrigação de 3 anos (Nguece = obrigação), nessa obrigação, faz-se o ritual de mudança de grau de santo.
6 – Nguecè Katuno Muvu: Ritual de obrigação de 5 anos, preparação quase que identica a de um ano, só que acompanhada de muitas frutas.
7 – Nguecè Kassambá Muvu:ritual de obrigação de 7 anos, quando o iniciado receberá seu cargo, passado na vista do público, sendo elevado ao grau de Tata Nkisi (Zelador) ou Mametu Nkisi (Zeladora).
As obrigações, são de praxe para os rodantes, porque Kota (ekedi) e Kambondo (ogã), ja recebem seus cargos na feitura, portanto já nascem com suas ferramentas de trabalho, dão suas obrigações para aprimorar seus conhecimentos.
Em Angola, quem passa cargo são os enredos de Dandalunda. Isto é, não é preciso ser filho de Dandalunda, mas é ela quem autoriza aquela pessoa a receber o cargo.
Após 7 anos de obrigações, se renovarão a cada ano com rito de obi ou borí, conforme o caso, repetindo-se as obrigações maiores de 7 em 7 anos para renovar e conservar o indivíduo fortte, transformando-o em Kukala Ni Nguzu- Um ser fotte.
Kunha Kele: Sacramento realizado 3 meses e 21 dias após a feitura ( tirada de kele), quando o santo soltará a Kuzuela = Ilá.
Ordem de barco (sequência das pessoas recolhidas juntas para iniciação) na Angola
1º – Kamoxi, 2º – kaiari, 3º – katatu, 4º – Kakuanam, 5º – kakatuno, 6º – Kassagulu, 7º – Kassambà.
Na hierarquia de Angola o cargo de maior importância e responsábilidade são: é mais frequente se dizer Tata Nkisi (homem) ou Mametu Nkisi (mulher)
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viés de confirmação refere-se a um tipo de pensamento seletivo onde tende-se a dar uma maior atenção àquilo que confirma as suas respectivas crenças e de ignorar e desvalorizar qualquer ponto que as contradiga. Por exemplo, se você acredita que, durante uma Lua Cheia, há um aumento de admissões em uma sala de emergência que trabalha, você provavelmente ignorará os aumentos que ocorreram em noites que não apresentavam Lua Cheia. Isso acontece em razão de você acreditar que há uma relação direta entre as fases de iluminação do astro e o número de acidentes.
Essa tendência de dar mais atenção e peso para algo que suporta as nossas crenças ao invés de tentar falseá-las é bastante acentuada quando elas são completas de preconceitos. Se nossas crenças forem firmemente estabelecidas com evidências sólidas e experimentos válidos de confirmação, a convergência de dar mais atenção e peso para elas é explicável. Porém, não significa que não deva haver abertura para outras hipóteses, mesmo que elas devam ser rigidamente tratadas.

Estudos numerosos já demonstraram que as pessoas geralmente dão uma quantidade de valor excessivo para uma informação confirmatória, colocando-a como dado de suporte ou como positiva. A “razão mais provável dessa influência exacerbada da informação confirmatória é facilmente explicada cognitivamente” (Gilovich,  1993). É mais fácil ver como alguns dados suportam uma posição do que ver o que seria contra ela. Ao escavar a nossa memória em busca de um dado relevante à posição, temos mais probabilidade de achar dados que confirmam-na.
Considere um experimento típico de Experiência Extra-Sensorial ou sonho clarividente. As sucessões são, geralmente, ambíguas ou os dados são levemente massageados para serem contados como sucessos, enquanto as instâncias negativas requerem algum esforço intelectual para ver a experiência como negativa ou para considerá-la como insignificante.
Pesquisadores também são, às vezes, vítimas do viés de confirmação através da realização de experimentos ou da produção de dados que tendem a confirmar suas hipóteses.  Mas, como o método científico felizmente permite, há de se tentar falsear os postulados para que eles sejam considerados como verdadeiros ou para que provas contrárias sejam adotadas.

Traduzido e adaptado de:
http://skepdic.com/confirmbias.html





Agapanto: É um vegetal pertencente a Oxalá, Nanã e a Obaluayê. O branco é de Oxalá e o lilás é da deusa das chuvas e do orixá das endemias e das epidemias. É também aplicado como ornamento em pejis, e banhos dos filhos destes orixás. Não possui uso na medicina popular.


Agoniada: Faz parte de todas as obrigações do deus das endemias e epidemias. Utilizada no ebori, nas lavagens de contas e na iniciação. Esta erva purifica os filhos-de-santo, deixando-os livres de fluidos negativos. Na medicina popular, a mesma é usada para corrigir o fluxo menstrual e combate asma.


Alamanda: Não é utilizada em obrigações, sendo empregada somente em banhos de descarrego. Na medicina caseira ela é usada para tratar doenças da pele: sarna (coceiras), eczema e furúnculos. Para usar é necessário que se cozinhe as folhas, e coloque chá de folhas sobre a doença.


Alfavaca-roxa: Empregada em todas as obrigações de cabeça e nos abô dos filhos deste orixá. Muito usada em banhos de limpeza ou descarrego. A medicina caseira usa seu chá em cozimento, para emagrecer.


Alfazema: Empregada em todas as obrigações de cabeça. É aplicada nas defumações de limpeza, usada também na magia amorosa em forma de perfume. A medicina popular dita grandes elogios a esta erva, pois ela é excelente excitante e anti-espasmódico. É usada, também, como reguladora da menstruação. Somente é aplicada como chá.


Babosa: Muito usada em rituais de Umbanda, mais especificamente em defumações pessoais. Para que se faça a defumação, é necessário queimar suas folhas depois de secas. Isso leva um certo tempo, devido a gosma abundante que há na babosa. A defumação é feita após o banho de descarrego. Para a medicina caseira sua gosma é de grande eficácia nos abcessos ou tumores, além de muitas outras aplicações.


Araticum-de-areia – Malolô: Liturgicamente, os bantos a usam nos banhos de descarrego, em mistura de outra erva. A medicina caseira indica a polpa dos frutos para resolver tumores e o cozimento das folhas no tratamento do reumatismo.


Arrebenta cavalo: No uso ritualístico esta erva é empregada em banhos fortes do pescoço para baixo, em hora aberta. É também usado em magias para atrair simpatia. Não é usada na medicina caseira.


Assa-peixe: Usada em banhos de limpeza e nos ebori. Na medicina popular ela é aplicada nas afecções do aparelho respiratório em forma de xarope.


Beldroega: Usada nas purificações das pedras de orixá e, principalmente as de Exu. O povo usa suas folhas socadas para apressar a cicatrização das feridas, colocando-as por cima.


Canena Coirana: Vegetal de excelente aplicação litúrgica, pois entra em todas as obrigações. O povo a tem como excelente estimulante do fígado.


Capixingui: Empregada em todas as obrigações de cabeça, nos abô, nos banhos de purificação e limpeza e, também nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo e nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo nos sacudimentos. O povo afirma que o capixingui tem bons efeitos no reumatismo e no artritismo (reumatismo articular) utilizado em banhos, mais ou menos quentes, colocando-se nas juntas doloridas.


Cipó-chumbo: Sem uso na liturgia, porém muito prestigiada na medicina popular, como xarope debela tosses e bronquites; seu chá é muito eficaz no combate a diarreias sanguinolentas e à icterícia; seco e reduzido a pó, cicatriza feridas rebeldes.


Carobinha do Campo: Em alguns terreiros essa planta faz parte do ariaxé. A medicina caseira indica o chá de suas folhas para combate coceiras no corpo e, principalmente coceira nas partes genitais.


Cordão de Frade: É aplicada somente em banhos de limpeza e descarrego dos filhos deste orixá. O povo a indica para a cura da asma, histerismo e pacificador dos nervos. Também combate a insonia.


Cebola do mato: Sem uso ritualístico. A medicina caseira afirma que o cozimento de suas folhas apressa a cicatrização de feridas rebeldes.


Celidônia maior: Não possui uso ritualístico. É indicada pela medicina caseira como excelente medicamento nas doenças dos olhos, usando a água do cozimento da planta para banhá-los. Seu chá também é de grande eficácia para banhar o rosto e dar fim às manchas e panos branco.


Coentro: Muito aplicada como adubo ou condimento nas comidas do orixá, principalmente na carne e no peixe. Não é empregada nas obrigações ritualísticas. A medicina caseira indica esta erva como reguladora das funções digestivas e eliminadora de gases intestinais.


Cotieira: Não sabemos ao certo se esta erva tem aplicação ritualística. Na medicina caseira ela é estritamente de uso veterinário. Muito aplicada em cães para purgar e purificar feridas.


Erva-Moura: Esta erva faz parte dos banhos de limpeza e purificação dos filhos do orixá. Seu uso popular é como calmante, em doses de uma xícara das de café, duas a três vezes ao dia. Essa dose não deve ser aumentada, de modo algum, pois em grande quantidade prejudica. As folhas tiradas do pé, depois de socadas, curam úlceras e feridas.


Estoraque Brasileiro: Sua resina é colhida e reduzida a pó. Este pó, misturado com benjoim, é usado em defumações pessoais. Essa defumação destina-se a arrancar males. O povo aconselha o pó desta no tratamento das feridas rebeldes ou ulcerações, colocando o mesmo sobre as lesões.


Figo Benjamim: Erva muito usada na purificação de pedras ou ferramentas e na preparação do fetiche de Exu. Empregada, também, em banhos fortes para pôr fim a padecimentos de pessoa que esteja sofrendo obsidiação ou obsessão. O povo aplica o cozimento das folhas para tratar feridas rebeldes, e banhos para curar o reumatismo.


Hortelã Brava: Empregada em obrigações de ori, nos abô e nos banhos de purificação dos filhos deste orixá. No uso caseiro é utilizada para combater o veneno de cobras, lacraus e escorpiões. É eficaz contra gases intestinais, dores de cabeça e como diurético. É perfeita curadora de coceiras rebeldes e tiro acertado nos catarros pulmonares, asma e tosse nervosa, rebelde.


Guararema: Em terreiros de Umbanda e Candomblé ela é aplicada em banhos fortes e nos descarregos. Os galhos da erva são usados em sacudimentos domiciliares. Os banhos fortes a que nos referimos são aplicados em encruzilhadas – na encruzilhada em que se tomar o banho arria-se um mi-ami-ami, oferecido a Exu. E deve ser feito em uma encruzilhada tranquila. É um banho de efeitos surpreendentes. Na medicina caseira esta erva é utilizada para exterminar abcessos, tumores, socando-se bem as folhas e colocando-as sobre a tumorização. O cozimento das folhas é eficaz no tratamento do reumatismo. Em banhos quentes e demorados, de igual sorte também cura hemorróidas.


Jenipapo: As folhas servem para banhos de descarrego e limpeza. A medicina caseira aplica o cozimento das cascas no tratamento das úlceras, o caldo dos frutos é combatente de hidropisia.


Jurubeba: Somente usada em obrigações com objectivo de descarrego e limpeza. Suas folhas e frutos permitem o bom funcionamento do fígado e baço, garante a sabedoria popular. Debela e previne hepatite com ou sem edemas.


Mangue Cebola: É usado apenas em sacudimentos domiciliares, utilizando o fruto, a cebola. Procede-se assim: corta-se a cebola em pedaços miúdos e, cantando-se para Exu, espalha-se pela casa, nos recantos, e sob os móveis. O povo usa a cebola, fruto do mangue, esmagada sobre feridas rebeldes.


Mangue vermelho: Usa-se apenas as folhas, em banhos de descarrego. O povo a indica como excelente adstringente que possui alto teor de tanino. Muito eficaz no tratamento das úlceras e feridas rebeldes, aplicando o cozimento das folhas em compressas ou banhando a parte lesada.


Manjericão-roxo: Empregado nas obrigações de ori dos filhos pertencentes ao orixá das endemias. Colhido e seco, sua folha previne contra raios e coriscos em dias de tempestades, usando o defumador. Também é usada como purificador de ambiente. Não possui uso na medicina popular.


Musgo: Aplicada em todas as obrigações de cabeça referentes a qualquer orixá. A medicina caseira aconselha a aplicação do suco no combate às hemorróidas (uso tópico).


Panacéia: Entra nas obrigações de ori e banhos de descarrego ou limpeza. O povo a aponta como poderoso diurético e de grande eficácia no combate à sífilis, usando-se o chá. É indicada também no tratamento das doenças de pele, darros, eczemas e ainda debela o reumatismo, quando usada em banhos.


Picão da praia: Apenas na Bahia ouvimos falar que esta planta pertence a Obaluaiê. Não conhecemos seu uso ritualístico. A medicina popular dá-lhe muito prestígio como diurético e eficaz nos males da bexiga. Usada como chá.


Piteira imperial: Seu uso se limita às defumações pessoais, que são feitas após o banho. A medicina popular utiliza as folhas verdes, em cozimento, para lavar feridas rebeldes, aproximando a cura ou cicatrização.


Quitoco: Usada em banhos de descarrego ou limpeza. Para a medicina popular esta erva resolve males do estômago, tumores e abcessos. Internamente é usado o chá, nos tumores aplica-se as folhas socadas. Muito utilizada nas doenças de senhoras.


Sabugueiro: Não possui uso ritualístico. É decisiva no tratamento das doenças eruptivas: sarampo, catapora e escarlatina. O cozimento das flores é excelente para a brotação do sarampo.


Sumaré: Não tem aplicação ritualística ou obrigações litúrgicas. Porém possui grande prestígio popular, devido ao seu valor curativo, promovendo com espantosa rapidez a abertura de tumores de qualquer natureza, pondo fim às inflamações. É empregado contra furúnculos, panarícios e erisipelas, regenerando o tecido atacado por inflamações de qualquer origem.


Trombeteira branca: Não possui nenhuma aplicação nas obrigações de cabeça. Apenas é usada nos banhos de limpeza dos filhos do orixá da varíola. Seu uso na medicina popular é pouco frequente. Aplica-se apenas nos casos de asma e bronquite.


Urtiga-mamão: Aplicada em banhos fortes, somente em casos de invasão de eguns. O banho emprega-se do pescoço para baixo. Esse banho destrói larvas astrais e afasta influências perniciosas. O povo indica esta erva na cura de erisipela, usando um algodão embebido do leite da planta. O chá de suas folhas debela males dos rins.


Velame do campo: Vegetal utilizado em todas as obrigações principais: ebori, simples ou completo. Indispensável na feitura de santo e nos abô dos filhos do orixá. Na medicina caseira o velame é utilizado como anti-sifilítico e anti-reumático.


Velame verdadeiro: Possui plena aplicação em quaisquer obrigações de cabeça e nos abô. Usada também nos sacudimentos. A medicina do povo afirma ser superior a todos os depurativos existentes, além de energético curador das doenças da pele.

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Autor

Os textos aqui reunidos são em sua grande maioria recolhidos de outros blogs e devidamente citados ao final de cada post,são para meu aprendizado, leio e aprendo sempre mais com este textos, e mesmo que não compartilhe da mesma crença ou concorde com as opiniões de seus escritores considero útil conhecer outras formas de cultos e doutrinas. ==== Paulo Araújo ====

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